LAUDO CONFIRMA CONTAMINAÇÃO DE PURÊ POR BACTÉRIA
A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte confirmou, nesta terça-feira (25), a causa do surto de intoxicação alimentar que atingiu 201 funcionários do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), na região do Barreiro.
Análises laboratoriais apontaram a contaminação do purê de batatas servido aos trabalhadores por uma bactéria.
Segundo o executivo municipal, os exames realizados nos alimentos recolhidos na ocasião apresentaram "resultado insatisfatório, positivo para a bactéria Clostridium perfringens".
A Clostridium perfringens é conhecida por sua capacidade de sobreviver a altas temperaturas, incluindo o cozimento, e se prolifera especialmente em alimentos que não são armazenados de forma adequada após o preparo.
AÇÃO EM CONTAGEM
De acordo com a PBH, como a empresa responsável pelo fornecimento dos alimentos está localizada em Contagem, a Vigilância Sanitária repassou imediatamente as informações ao órgão fiscalizador da cidade vizinha.
Caberá às equipes de Contagem realizar vistorias para avaliar as condições e as boas práticas de fabricação no local de produção.
O caso segue sendo acompanhado pelos órgãos da PBH e também é investigado pela Polícia Civil.
Por nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) criticou a confirmação da contaminação e denunciou que a empresa fornecedora do alimento seguiria com contrato ativo com o governo de Minas.
"O contrato segue ativo embora ela não tenha vencido o pregão e ainda cobre R$ 30 milhões a mais que a primeira colocada", escreveu a entidade que representa os trabalhadores. "Não existe bactéria preliminar. Laudo é laudo”, afirmou a diretora Neuza Freitas.
O QUE DIZ A FHEMIG?
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), informou, por meio de nota, que adotou "todas as medidas previstas nos protocolos sanitários e de vigilância epidemiológica" logo após tomar conhecimento dos sintomas gastrointestinais entre os servidores no dia 8 de outubro de 2025.
A Fhemig destacou ainda que iniciou o inquérito epidemiológico, comunicou as Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual, acompanhou a coleta de amostras e acionou a Polícia Civil.
NOTA NA ÍNTEGRA:
A direção do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), informa que, tão logo teve conhecimento dos sintomas gastrointestinais entre servidores no dia 8/10/2025, adotou todas as medidas previstas nos protocolos sanitários e de vigilância epidemiológica.
A instituição iniciou imediatamente o inquérito epidemiológico entre os servidores sintomáticos, comunicou oficialmente o caso às Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual e acompanhou a coleta de amostras de alimentos e água. A Polícia Civil também foi acionada e segue investigando o caso.
A unidade também disponibilizou ao sindicato todos os laudos de limpeza e de potabilidade da água, os certificados de higienização das caixas d’água, os registros de monitoramento, bem como as notificações formais enviadas à empresa fornecedora da alimentação.
A direção do Hospital cumpre as cláusulas contratuais que preveem os ritos de notificação e eventuais medidas punitivas e aguarda o encerramento das investigações para avaliar novas providências.
Enquanto isso, a direção tem acompanhado as ações imediatas relatadas pela empresa, como verificação interna, reforço de boas práticas, inspeção conjunta com a Vigilância Sanitária e coleta de amostras adicionais para análise laboratorial. A contratação foi conduzida dentro dos critérios técnicos e legais estabelecidos, seguindo os trâmites previstos na legislação.
O HJK prestou todo o acolhimento aos 201 servidores afetados, incluindo orientações médicas, atendimento no setor de Saúde e Segurança do Trabalho, abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e monitoramento individual dos casos. Nenhum paciente ou acompanhante apresentou sintomas.
A Fhemig reafirma seu compromisso com a transparência, a segurança sanitária e a colaboração plena com as autoridades de vigilância para elucidação técnica do episódio e adoção de todas as medidas que se fizerem necessárias para garantir a segurança da comunidade hospitalar.
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