MATOZINHOS ENTRA EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA APÓS SEGUNDA MORTE POR FEBRE MACULOSA
A Prefeitura de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, decretou situação de emergência em saúde pública após a confirmação do segundo óbito por febre maculosa no município. O Decreto nº 4.081/2025 foi publicado nessa quinta-feira (02/10) e tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme a evolução do cenário epidemiológico. Além das duas mortes, oito pacientes em Matozinhos apresentaram sintomas da doença e aguardam confirmação laboratorial.
Na prática, o decreto de situação de emergência em saúde pública facilita que várias medidas emergenciais sejam adotadas, inclusive sem a necessidade de licitação. As ações do município incluem:
- realização de exames, testes laboratoriais e tratamentos médicos específicos;
- investigações epidemiológicas;
- Distribuição gratuita de materiais de prevenção, como repelentes e produtos para assepsia, nas áreas de risco;
- Proibição de eventos que possam facilitar a disseminação da doença;
- Criação de um Grupo de Enfrentamento à febre maculosa, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde.
- aquisições de bens e serviços necessários ao enfrentamento da situação.
A febre maculosa é uma doença infecciosa grave, transmitida pelo carrapato-estrela, e pode levar ao óbito caso não seja diagnosticada e tratada precocemente. A Secretaria Municipal de Saúde reforça o alerta à população para que procure atendimento médico imediato em caso de sintomas.
De acordo com última atualização divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), antes da confirmação da segunda morte em Matozinhos, o estado havia confirmado 29 casos neste ano, com quatro mortes — duas em Caeté, uma em Matozinhos e uma em Pedro Leopoldo. Outros 13 casos permanecem em investigação.
As autoridades de saúde reforçam que a principal forma de prevenção é evitar o contato com o carrapato-estrela. As recomendações incluem o uso de roupas claras e de mangas compridas, calçados fechados e meias de cano alto em áreas de risco, além da aplicação de repelentes à base de icaridina.
Também é indicada a limpeza frequente de quintais e terrenos, a capina de pastos e o uso de carrapaticidas em cães, cavalos e bois.
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