MINAS AMPLIA EXAMES PARA DETECTAR DOENÇAS NO TESTE DO PEZINHO
Minas Gerais ampliou de 23 para 60 o número de doenças que podem ser detectadas pelo Programa de Triagem Neonatal (PTN-MG), conhecido como teste do pezinho, que identifica doenças raras de naturezas metabólicas, genéticas e infecciosas nos primeiros dias de vida dos bebês.
A informação foi divulgada pelo governo estadual, nesta segunda-feira (9), na sede do Executivo, no bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, e a iniciativa começa a valer a partir de janeiro de 2025.
Ainda segundo o governo, o investimento anual será de R$ 64,2 milhões para pagar exames de triagem e complementares, diagnósticos e tratamento do total de doenças.
O diagnóstico precoce de doenças amplia as opções de tratamentos ou terapias possíveis, para amenizar os sintomas e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes e às famílias.
Com essa ampliação, Minas Gerais contempla todos os grupos e doenças previstos em lei federal, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente para melhorar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).
HISTÓRICO EM MINAS GERAIS
Até o ano de 2021, Minas Gerais realizava a triagem para hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.
Em dezembro de 2021, o estado publicou uma deliberação que ampliou o PTN e também passou a oferecer todo o amparo e suporte necessário para o tratamento, segmento e continuidade no cuidado na Rede de Atenção à Saúde.
A partir de janeiro de 2022, o teste do pezinho passou a ser realizado, em território mineiro, para 14 doenças e, posteriormente, foram acrescidas na fase 1 de ampliação outras seis, totalizando 20 doenças diagnosticadas.
Já em novembro de 2023, por meio de outra deliberação, teve início a fase 2 de ampliação do PNTN-MG, com a inclusão de três doenças: atrofia muscular espinhal (AME), imunodeficiência primária combinada grave e a gamaglobulinemia.
A partir de agora, na fase 3 de ampliação do programa, que começa em 2025, serão incluídas mais 37 doenças a serem diagnosticadas.
SÃO ELAS:
1. Acidemia metilmalônica (metilmalonil-CoA mutase)
2. Acidemia metilmalônica (dist. cobalanina)
3. Deficiência congênita de Vit. B12 por carência materna
4. Acidemia propiônica
5. Acidemia isovalérica
6. Acidúria glutárica tipo 1
7. Def.3-metilcrotonil coa carboxilase
8. Acidúria 3-OH-3-metilglutárica (Def.HMG CoA-liase)
9. Deficiência de beta-cetiolase (incidência desconhedica)
10. Def. holocarboxilase sintase
11. Leucinose (MSUD)
12. Homocistinúria clássica
13. Hipermetioninemia
14. Hiperglicinemia não cetótica
15. Síndrome HHH (hiperornitinemia-hiperamonemia-homocitrulinúria)
16. Hiperfenilalaninemia por deficiência de BH4 (Biopterina)
17. Acidúria argininossuccínica
18. Argininemia
19. Citrulinemia tipo 1
20. Deficiência de ornitina transcarbamilase (OTC)
21. Galactosemia clássica
22. Deficiência de galactoquinase (GALK)
23. Deficiência de uridil-difosfato-galactose - 4-epimerase (GALE)
24. Deficiência de galactose mutarotase (GALM)
25. Outras condições de deficiências ligadas aos linfócitos T
26. Deficiência de carnitina palmitoiltransferase tipo I (CPTI)
27. Deficiência de carnitina palmitoiltransferase tipo II (CPTII)
28. Acidemia flutárica tipo II ou deficiência de múltiplas carboxilares (MADD)
29. Adrenoleucodistrofia ligada ao X
30. Mucopolissacaridose tipo I
31. Mucopolisacaridose tipo II - síndrome de hunter
32. Doença de pompe - glicogenose tipo II
33. Doença de fabry (ligada ao X) deficiência de alfa-galactosidase A
34. Doença de krabble
35. Doença de niemann-pick A
36. Doença de niemann-pick B
37. Doença de gaucher
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