BELO HORIZONTE TEM PRIMEIRO ESPAÇO PÚBLICO VOLTADO À INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS
Belo Horizonte inaugurou nessa quinta-feira o primeiro espaço público e gratuito de lazer criado especialmente para atender crianças autistas. O Parque Girassol passa a integrar o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro da capital, com funcionamento de terça a domingo, das 7h às 19h. Com uma proposta multissensorial, o parque reúne elementos lúdicos e recursos que podem ser utilizados tanto de forma livre, quanto para apoio a atividades terapêuticas.
O espaço foi idealizado pela Ativa Inclusão em parceria com o Instituto AMA (Associação Mantenedora de Apoio à Criança de Risco e com Câncer) e propõe levar para o ambiente público estímulos que, até então, eram encontrados principalmente em clínicas.
A iniciativa busca ampliar o acesso de crianças autistas e de outras pessoas com deficiência a recursos que favorecem o desenvolvimento, a autonomia e a convivência em um ambiente aberto e integrado à cidade.
O Parque Girassol
Com cerca de 150 metros quadrados, o Parque Girassol reúne equipamentos voltados a diferentes estímulos sensoriais e motores. Entre eles estão:
- Plataformas de movimento
- Painel sensorial
- Rota de equilíbrio
- Elementos táteis
O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar formada por terapeutas ocupacionais, arquitetos, engenheiros, especialistas em acessibilidade e familiares de crianças autistas. Os equipamentos podem ser utilizados livremente ou como apoio a atividades terapêuticas, quando acompanhadas por profissionais da área. Todos contam com QR Codes que direcionam a tutoriais acessíveis, com recursos como Libras, audiodescrição e legendas.
Além do foco no desenvolvimento sensorial, o espaço foi pensado como um ambiente de convivência, aberto a todas as pessoas, incentivando a socialização e a interação entre crianças autistas, famílias atípicas e típicas. A proposta é fortalecer a integração e o uso compartilhado dos espaços públicos.
Projeto e manutenção
O projeto está em fase piloto e a manutenção diária fica sob responsabilidade do município, enquanto a Ativa Inclusão dá garantia técnica dos equipamentos no primeiro ano. Há estudos para a expansão do modelo para outras cidades brasileiras por meio de parcerias públicas e privadas.
Por Jardel Gama
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Divulgação/Varanda Criativa