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FORÇA TAREFA CONTRA INTOXICAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE CRIA SALA DE SITUAÇÃO PARA MONITORAR CASOS DE INTOXICAÇÃO POR METANOL

O Ministério da Saúde instalou nessa quarta-feira (1) uma “Sala de Situação” formada por vários outros ministérios, concelhos nacionais de secretários de saúde e a Anvisa.  O objetivo da equipe técnica nacional é monitorar os casos de intoxicação por metanol em consumo de bebida alcoólica no Brasil e para coordenar as medidas a serem adotadas. Até o momento, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde recebeu a notificação de 43 casos por esse tipo de intoxicação no país, sendo 39 em São Paulo, onde tem 10 confirmados e 29 em investigação, com 1 morte confirmada, e quatro casos em investigação em Pernambuco.

Além destes números, foram descartados quatro casos suspeitos. Foi confirmado um óbito em São Paulo, enquanto outros sete seguem em investigação (cinco em SP e dois em PE).

O total de casos registrados de agosto até esta quarta-feira (1/10) liga um alerta para a possível adulteração de bebidas alcoólicas. Até então, o Brasil contabilizava cerca de 20 casos de intoxicação por metanol ao longo de todo um ano, o que torna o atual cenário atípico.

A investigação dos casos em São Paulo está sendo conduzida pela Polícia Federal (PF) em conjunto com os órgãos de controle e vigilância, que já associam as ocorrências ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, segundo informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

Recomendação das autoridades

A recomendação é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos comercializados. Aos consumidores, a orientação é evitar o consumo e compra de bebidas sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal.

 

Sobre metanol

O metanol é altamente tóxico e pode levar à morte. Entre agosto e setembro deste ano, o estado de São Paulo notificou 17 casos de intoxicação por metanol, sendo: 6 confirmados, 10 em investigação e 1 descartado. Normalmente, o Brasil registra 20 casos por ano.

 

SECRETARIA DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE EMITE ALERTA SOBRE O RISCO DE CASOS DE CONTAMINAÇÃO COM O COMPOSTO QUÍMICO NA CAPITAL

A Secretaria de Municipal Saúde de Belo Horizonte emitiu nessa quarta-feira uma alerta a profissionais da área assistencial sobre o risco de intoxicação por metanol, diante do aumento de registros relacionados à substância em outros estados brasileiros. Segundo a Pasta da capital mineira, o alerta é preventivo e que, até o momento, não há notificações sobre casos ou óbitos causados pela substância em Belo Horizonte. Nos casos em que existir suspeita, a notificação deve ser feita à Secretaria de Saúde para rastrear a origem da bebida.

 

Orientação repassada aos profissionais

o protocolo repassado aos profissionais descreve os critérios de suspeição, o manejo clínico inicial e as orientações para o tratamento. “Esse alerta traz os critérios de suspeição para um quadro de intoxicação por metanol e as orientações em relação à abordagem, ao tratamento e ao diagnóstico, para que a pessoa possa sair desse quadro agudo de intoxicação”, explicou.

 

 

 

Sintomas de alerta

O diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da SMSA, Paulo Roberto Lopes Corrêa, destaca que os primeiros sinais podem surgir de oito a 12 horas após a ingestão de bebida alcoólica. “Normalmente a pessoa vai mencionar a ingestão de bebida alcoólica e, a partir desse período, não melhora dos sintomas de embriaguez. Quando isso acontece, pode começar a ter visão turva, dor epigástrica (dor na parte superior e central do abdômen), tontura e, em casos mais graves, até crise convulsiva e perda de visão. Que é a fase mais avançada da intoxicação”, detalhou. Por isso, segundo ele, é fundamental que profissionais de saúde identifiquem rapidamente os sinais e iniciem o tratamento de imediato.

 

Procedimentos da secretaria

Nos casos em que existir suspeita, Corrêa explica que a notificação deve ser feita à Secretaria de Saúde para rastrear a origem da bebida. “É importante que esse tipo de situação seja comunicado imediatamente, para a gente tentar identificar qual foi a bebida suspeita, fazer o recolhimento, análise e verificar se há outros locais ou pessoas submetidas à mesma exposição e que apresentaram um quadro clínico compatível com intoxicação”, declarou.

Além do protocolo clínico, a secretaria também avalia medidas de fiscalização em estabelecimentos. “A secretaria está estudando a atuação em cima dos locais que fazem distribuição, que vendem o produto, para que haja segurança para a população”, disse.

Apesar das medidas de precaução, Corrêa reforça que não há casos em Belo Horizonte neste momento. “O alerta é para os profissionais de saúde. Nós não estamos vivenciando nenhuma situação aqui em Belo Horizonte que mereça chamar atenção da população, mas a gente precisa alertar a equipe assistencial”, afirmou.

Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) não recebeu nenhuma notificação sobre casos ou óbitos decorrentes de intoxicação por metanol na capital.

 

Por Jardel Gama

 

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