DIA NACIONAL DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS SERÁ LEMBRADO COM CAMPANHA PARA ESTIMULAR O NÚMERO DE DOAÇÕES

Uma campanha para estimular a doação de órgãos no Brasil começa a ser veiculada neste sábado (27/09), Dia Nacional da Doação de Órgãos. De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo é tentar reverter a recusa de doação, que ainda atinge 45% das famílias brasileiras.

Durante o evento de lançamento da campanha nessa quinta-feira (25/09), o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que a iniciativa pretende estimular que as pessoas conversem com suas famílias em vida e se reconheçam como doadoras. Uma portaria que cria a Política Nacional de Doação e Transplantes também foi assinada organizando os princípios e diretrizes do Sistema Nacional de Transplantes, reforçando a ética, a transparência, o respeito ao anonimato e a gratuidade no acesso pelo SUS.

Um dos grandes avanços dessa política é a regulamentação dos transplantes de intestino delgado e multivisceral, que agora foram incluídos no SUS. Com isso, pacientes que tenham falência intestinal poderão ser tratados totalmente na rede pública de saúde, desde a reabilitação intestinal até os procedimentos de pré e pós-transplante. Outra inovação dessa política é a incorporação do uso rotineiro da membrana amniótica, tecido obtido da placenta após o parto, para pacientes queimados, em especial crianças.

Outro lançamento realizado durante o evento foi o do Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, chamado de Prodot. Esse programa tem o objetivo de reconhecer e valorizar as equipes que atuam dentro dos hospitais e que são as responsáveis pela identificação dos potenciais doadores. Esses profissionais terão incentivos financeiros conforme o volume de atendimento e indicadores de desempenho, incluindo o aumento das doações.

O Brasil ocupa a terceira posição mundial em número absoluto de transplantes de órgãos, atrás apenas de Estados Unidos e China. O país, no entanto, lidera em transplantes realizados integralmente por um sistema público. Só no primeiro semestre deste ano, foram realizados 14,9 mil transplantes, o maior número da série histórica. Ainda assim, mais de 80 mil pessoas aguardam por um transplante no país.

(Fonte: Agência Brasil)

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