SOBE NÚMERO DE CIDADES DE MG QUE DECRETARAM EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA
Subiu para 13 o número de cidades de Minas Gerais que decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e doenças infecciosas virais. Em sete dias, a lista de municípios nesta situação mais que dobrou.
No dia 2 de maio, o governador Romeu Zema (Novo) publicou um decreto para o enfrentamento da crise sanitária no estado. O documento tem validade de 180 dias.
Segundo o Executivo estadual, MG enfrenta uma alta significativa de quadros de SRAG, impulsionada, principalmente, pela circulação de vírus como o sincicial respiratório e o influenza A. Nas últimas semanas, as internações pediátricas registraram um crescimento acelerado, assim como a demanda por leitos de UTI e enfermarias.
Entre as ações previstas no decreto do governo de Minas estão:
• dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais ao enfrentamento da crise;
• requisição de bens e serviços de pessoas físicas e jurídicas, com garantia de indenização, se necessário;
• tramitação em regime de urgência para todos os processos relacionados à situação de emergência.
O documento publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) também determina a mobilização do Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), que será coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e ficará responsável pela gestão da crise.
MUNICÍPIOS EM EMERGÊNCIA
Até esta sexta-feira (9), 13 municípios mineiros decretaram situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de doenças respiratórias. São eles:
• Belo Horizonte
• Betim
• Conselheiro Lafaiete
• Contagem
• Diamantina
• Ipatinga
• Mariana
• Pedro Leopoldo
• Ribeirão das Neves
• Santa Luzia
• Sete Lagoas
• Uberlândia
• Unaí
Os documentos trazem a justificativa de que a alta abrupta na demanda por atendimentos relacionados às doenças respiratórias provoca impacto direto nas unidades de saúde e risco de desassistência.
Em Belo Horizonte, o decreto foi publicado em 30 de abril. Conforme a administração da capital, no mês passado, 63.217 pessoas com diagnóstico de SRAG foram atendidas — um aumento de 49% em relação a março, quando foram 42.435 pacientes. A maioria das solicitações de leitos foi para internações de crianças até quatro anos de idade.
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