HOSPITAL RISOLETA NEVES RESTRINGE ATENDIMENTOS EM BELO HORIZONTE
O Hospital Risoleta Tolentino Neves – um dos prontos-socorros mais importantes para atendimento de urgências e emergências vindas de Belo Horizonte e Região Metropolitana – informou nesta quarta-feira (22) "que não possui condições estruturais e de espaço físico para receber novos pacientes". O motivo, segundo a unidade de saúde, é a superlotação.
Ainda de acordo com o hospital, a diretoria notificou a situação à Rede de Urgência e Emergência de Belo Horizonte e solicitou apoio no processo de transferência de pacientes para outras unidades da Rede SUS.
Conforme a instituição, o anúncio é para esclarecer e alertar a população sobre a situação atual no Risoleta Neves, referência na Região Norte da capital.
O Risoleta disse que a triagem está mantida e, quando a classificação é verde e amarela, sem risco, o paciente é orientado a procurar outras unidades de saúde.
Ainda segundo o hospital, desde 2023 existe esse cenário de superlotação, mas nesta quarta-feira, foi a primeira vez que houve a necessidade de limitar os atendimentos.
CAPACIDADE
O hospital informou que a capacidade prevista de atendimento no pronto-socorro é de 90 pacientes. Hoje, o local "amanheceu com um total de 180 pacientes, ou seja, o dobro do quantitativo de pessoas previsto para o bom funcionamento da unidade", ressaltou a nota.
Contudo, a direção do Risoleta Neves esclareceu que todos os pacientes que já estão no hospital serão atendidos, mas reforçou a necessidade da restrição temporária de novas admissões.
SUSPENSÃO DE CIRURGIAS ORTOPÉDICAS ELETIVAS
Sete hospitais cadastrados na Rede SUS de Belo Horizonte suspenderam a partir desta quarta-feira (22) as cirurgias ortopédicas eletivas – que são agendadas.
As unidades hospitalares afetadas são:
1. Hospital da Baleia
2. Hospital das Clínicas da UFMG
3. Hospital Evangélico
4. Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro
5. Hospital São Francisco de Assis (Unidade Santa Lúcia)
6. Santa Casa de Belo Horizonte
7. Hospital da Faculdade de Ciências Médicas
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o motivo é a alta demanda por leitos hospitalares ortopédicos. Apenas os procedimentos de urgência serão realizados.
Ainda de acordo com a prefeitura, a previsão inicial é que a suspensão permaneça em vigência até o dia 5 de fevereiro.
HOSPITAL MARIA AMÉLIA LINS
No dia 6 de janeiro, o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi fechado. A danificação de uma peça do arco cirúrgico, equipamento essencial para precisão nos procedimentos cirúrgicos, teria sido a gota d'água.
Pacientes e funcionários tiveram de ser transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que terá um aumento de, pelo menos, 200 cirurgias por mês. Não há previsão de que bloco do HMAL volte a funcionar.
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