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DISPARADA DE DOENÇA NA CAPITAL

CASOS DE COQUELUCHE VÃO DE ZERO A 300 EM 2ANOS EM BELO HORIZONTE

Belo Horizonte enfrenta uma explosão de casos da grave de coqueluche, em 2024. Depois de dois anos sem registro da doença, que pode levar a complicações como pneumonia e matar, quase 300 notificações foram confirmadas só nos últimos seis meses na Capital. Um dos principais fatores para a disparada da infecção respiratória é a queda da cobertura vacinal, tanto dos pequenos quanto dos adultos.

 

SAIBA MAIS

Até junho deste ano, a metrópole mineira havia confirmado três casos de coqueluche. Na semana passada já eram 291, além do óbito de um bebê, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Em Minas, são 521 registros.

O risco de complicações é maior justamente para crianças menores de 1 ano. No entanto, como a doença é altamente contagiosa, o alerta vale para toda a população.

Prova disso é que o perfil majoritário dos pacientes na capital é formado por adolescentes e jovens de até 19 anos. O adulto, mesmo tendo sido imunizado quando criança, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo, conforme explica o diretor de promoção à saúde da SMSA, Paulo Roberto Lopes Correia.

Segundo ele, a cobertura vacinal está em cerca de 70%, mas a meta é 95%. “Essa não é uma realidade só de Belo Horizonte. Outras cidades do Brasil também enfrentam aumento dos casos”, afirma Correia, que reforçou o apelo às pessoas incluídas no público-alvo para que recebam a vacina.

A dose é aplicada nas crianças a partir de 2 meses até menores de 7, gestantes, puérperas (até 45 dias pós-parto) não vacinadas durante a gravidez, profissionais da saúde que atuam em atendimentos de ginecologia, obstetrícia, pediatria, além de doulas e trabalhadores de berçários e creches.

O restante da população deve redobrar a atenção para os principais sintomas e, em caso de suspeita, ficar em isolamento, procurar um médico e iniciar o tratamento rápido. A doença compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios e se caracteriza por ataques de tosse seca, além de febre e cansaço. Ela é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada.

Na capital mineira, segundo Correia, os postos de saúde estão orientados a adotar ações de controle. Em alguns casos, é necessária a profilaxia antibiótica, com o uso do medicamento por pessoas que tiveram contato com o doente. O especialista reforça que, devido ao risco de exposição, a imunização de crianças já nos primeiros meses de vida é indispensável.

 

Por Jardel Gama

Com informações do Portal Hoje em Dia

 

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