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Clássicos da Liberdade

11:01 às 14:00

Estelionato

MILHARES DE IDOSOS PODEM TER SIDO VÍTIMAS DE GOLPE EM REDE DE DROGARIAS DE BELO HORIZONTE

Milhares de idosos podem ter sido vítimas de golpes em uma rede de drogarias no Centro de Belo Horizonte, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. Os estabelecimentos são investigados suspeitos de ludibriar os clientes, principalmente pessoas da terceira idade, para criar cartão de crédito sem autorização e vender suplementos alimentares sem o interesse dos consumidores.

Na manhã desta terça-feira (15), foi realizada uma entrevista coletiva pela PC para detalhar a investigação. De acordo com a delegada Elyenni Celida, a rede pode ter feito muitas vítimas na capital mineira. 

“Podem ter muito mais pessoas, talvez até milhares. Considerando que é uma venda diária, em várias unidades. Ainda não sabemos se todas as unidades tinham a mesma prática, isso eu não posso afirmar até o momento, mas acredito que possa chegar a milhares de consumidores”, destacou. 

Conforme a delegada, as investigações começaram após a denúncia de um idoso, que relatou que havia ido a uma farmácia no Centro para adquirir um remédio Buscopan. Quando entrou, foi abordado por funcionários que disseram que ele teria ganho uma checagem de pressão arterial e do índice glicêmico de forma gratuita. 

Após os exames, os funcionários afirmaram que ele estava com um problema sério de saúde e apresentaram um combo de vitaminas, afirmando que seria a única solução para o homem sobreviver. 
 
Assustado, o idoso acreditou que estava doente e acabou adquirindo o produto. Durante a compra, os funcionários ainda pediram a identidade do homem e uma foto, criaram um cartão de crédito em nome dele e o fizeram adquirir as vitaminas por R$ 1.400. 

O idoso procurou ajuda no Procon, que acionou a polícia e a investigação começou. Durante as buscas, os policiais encontraram diversas ocorrências semelhantes a do idoso, que ocorriam desde 2021. Em muitos casos, inclusive, o consumidor era até ameaçado, caso desistisse da compra ou tentasse devolver o produto. 

Os responsáveis podem responder por estelionato, por crimes previstos no Código do Consumidor e exercício ilegal da medicina. Até o momento, ninguém foi preso.