TRÊS CASOS DE INFECÇÃO POR SUPERFUNGO SÃO CONFIRMADOS NA CAPITAL
Belo Horizonte tem três casos confirmados de infecção pelo superfungo Candida auris. Na noite desta segunda-feira (14/10), a Secretaria estadual de Saúde-MG e a Fhemig informaram que dois pacientes infectados já tiveram alta, sendo um no dia 20 de setembro e outro no dia 2 de outubro. O terceiro segue internado Hospital João Vinte e Três. Outras 24 pessoas assintomáticas que tiveram contato com esses pacientes estão sendo monitorados e aguardam resultado de exames. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde o Candida auris tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente. Assim, é de fundamental importância a prevenção de contato com casos suspeitos.
O Candida auris tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele. Por isso, é de fundamental importância não ter contato com casos suspeitos.
O QUE É O SUPERFUNGO?
Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global e foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão.
As infecções pelo superfundo têm surgido em todo o mundo, muitas vezes com alta morbidade e mortalidade associadas. No Brasil, a primeira infecção foi identificada em Salvador, em 2020, durante a pandemia da Covid-19, quando um paciente internado numa Unidade de Terapia Intensiva teve o diagnóstico confirmado.
Segundo o Ministério da Saúde, o fungo é ‘tão temido’ por ser resistente aos medicamentos tradicionais utilizados no combate a infecções causadas por outros fungos. Estudos apontam que até 90% dos isolados de Candida auris são resistentes a fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, substâncias comumente usadas no tratamento.