BRASILEIROS TEMEM MAIS A FOME DO QUE A VIOLÊNCIA

A insegurança alimentar tira o sono de mais pessoas do que o crescimento da violência. Pelo menos essa foi a resposta de 63% dos entrevistados no estudo “A comida que jogamos fora”, feita pela empresa MindMiners. Atualmente, cerca de 8,5 milhões de pessoas no Brasil sofrem com insegurança alimentar. O pensamento, no entanto, vai na contramão dos 55,4 milhões de toneladas de alimentos jogados fora no Brasil. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), o país é o décimo país que mais desperdiça alimentos no mundo. O quadro de desperdício de alimentos é tão comum pelo mundo que a ONU estabeleceu o dia 29 deste mês como o Dia Internacional da Conscientização sobre Perda e Desperdício Alimentar.

CEASA MINAS

Para evitar o desperdício, a Ceasa Minas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) gerencia um projeto de um banco de alimentos, o Prodal, que seleciona frutas, verduras e legumes que seriam descartados por questões estéticas. Esses produtos são selecionados, higienizados e distribuídos a instituições que apoiam pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Ao todo, são doadas 27 toneladas de alimentos por mês para 125 instituições.

COZINHA COMUNITÁRIA

Em Belo Horizonte, cozinhas comunitárias tem sido usadas como estratégia para combater a insegurança alimentar. A ideia da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) é ter uma unidade em cada uma das nove regionais da cidade. O projeto-piloto nasceu em abril do ano passado, no aglomerado Cabana do Pai Tomás, e atualmente distribui 350 refeições diariamente.