A Universidade Federal de Minas Gerais retoma as aulas na próxima segunda-feira (10). Depois de 51 dias de greve, professores da UFMG vão voltar ao trabalho. De acordo com o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, apesar da decisão, os profissionais da UFMG seguem em estado de greve, porque não estão de acordo com a proposta de reajuste de 4,62 por cento.
“A assembleia deliberou pelo término da greve, mas pela continuidade da luta. Significa que não estamos de acordo com a proposta feita pelo governo e, por isso, vamos continuar lutando. As aulas voltam no dia 10 de junho. E o estado de greve permanece como forma de apoio ao Movimento Nacional dos Técnicos Administrativos e Professores”, enfatizou Maria Rosário, presidente da APUBH.
Segundo ela, o movimento grevista avalia que os 51 dias de paralisação foram positivos. "Foi uma grande vitória para os professores da UFMG. Conseguimos colocar em discussão as pautas que precisávamos e que estão ligadas à precarização da universidade e da nossa carreira, a desvalorização do nosso salário e do profissional”, detalhou.
- Veja abaixo algumas reivindicações da categoria:
- Contra os cortes orçamentários nas universidades públicas;
- Pela recomposição salarial dos professores e técnico-administrativos.
Trabalhadores técnicos administrativos seguem paralisados
Já a greve dos técnicos administrativos em educação (TAEs), iniciada em 11 de abril, segue sem alterações.
Na próxima terça-feira (11/6), há previsão de reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), para debater os ajustes para o calendário acadêmico.
O movimento estudantil também convocou uma assembleia geral dos estudantes na sexta-feira (7/6) para debater os rumos da greve estudantil, que foi deflagrada em 29 de abril.
Em nota, a UFMG informou que a instituição vai aguardar o retorno dos docentes às atividades para avaliar possíveis alterações no calendário escolar.
Por Jardel Gama
Com informações do Portal O Tempo