O imposto para importação de arroz foi zerado no Brasil, depois de países do Mercosul aumentarem preço do grão em até 30%. A medida é uma forma de garantir o abastecimento do item básico, diante das enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz no país. Prevista para a começar nesta quarta-feira (21), a redução vale até 31 de dezembro deste ano.

A decisão foi tomada pelo comitê executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Com a decisão, dois tipos de arroz parboilizado e um tipo polido/brunido foram incluídos na lista de exceção do imposto. Segundo o governo, a maior parte das importações de arroz no Brasil vêm do Mercosul e já contam com isenção.  Desta forma, outros países estão sendo considerados para este tipo de comércio, entre eles, a Tailândia.

Neste mês, em razão das chuvas no estado gaúcho, o Brasil anunciou a importação de 1 milhão de toneladas do produto que será comercializado a R$ 4 o quilo.

Leilão cancelado

A intenção do Brasil era comprar toneladas do cereal dos vizinhos que pertencem ao bloco, para aumentar a oferta no mercado interno e evitar altas de preços ao consumidor após a tragédia no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão. Mas o leilão de compra, marcado para esta terça-feira (21), foi suspenso depois de o Mercosul elevar em até 30% o preço do cereal. A intenção do Brasil é forçar os países da América Sul a desistirem do aumento.

O leilão de compra do grão seria feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, até o momento, não há uma nova data para acontecer. Os parceiros do Brasil no Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina) são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. E, como o bloco é uma zona de livre comércio, eles não pagam imposto para vender ao Brasil.

Agora, com as taxas zeradas para o restante do mundo, outros países podem competir em maior igualdade com o Mercosul. Existem outras opções no mercado. Há quase duas semanas, por exemplo, a indústria anunciou a intenção de importar 75 mil toneladas de arroz da Tailândia.

Por Jardel Gama

Com informações do Portal G1