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Manhã Legal

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INFLAÇÃO DESACELERADA

A inflação oficial desacelerou em março em divulgação feita pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Medida pelo IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a estatística oficia caiu para 0,16% em março. Em fevereiro, o IPCA ficou em 0,83%. Já em março do ano passado, o índice estava em 0,71%. S

 

Saiba mais números da pesquisa do IBGE

 

O IPCA acumula 1,42% em 2024 e 3,93% nos últimos 12 meses. A inflação de março foi puxada pelo grupo de despesas de alimentação e bebidas, cujos preços subiram 0,53% no mês. O campo saúde e cuidados pessoais registrou aumento de 0,43% nos valores dos itens.

 

Grupos pesquisados

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. Contudo, aqueles grupamentos com peso importante no IPCA apresentaram queda. “Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explica André Almeida, gerente da pesquisa. O grupo da Educação saiu de alta de 4,98% para 0,14%.

Apesar disso, o grupamento de “Alimentação e bebidas” foi o que registrou o maior impacto (0,11 p.p.) e a maior variação (0,53%), ainda assim em movimento de menor alta, abaixo da que havia sido registrada em fevereiro (0,95%). “Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, aponta o pesquisador.

A alimentação em casa desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%). A alimentação fora de casa (0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Já o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%).

 

TRANSPORTES — O grupo Transportes inverteu o sinal e passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. “Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”, justifica Almeida. O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para 0,21%.

Ainda em Transportes, ônibus urbano (-0,06%) teve a variação influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-1,21%), a partir de 3 de março, e pelo reajuste de 2,15% em Campo Grande (1,08%), a partir de 15 de março. Já em ônibus intermunicipal (0,75%) houve impacto dos reajustes aplicados no Rio de Janeiro (6,93%), a partir de 24 de fevereiro. No subitem trem (-0,19%) houve incorporação residual da redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,42%), a partir de 2 de fevereiro.

O grupo de “Despesas pessoais” acelerou de 0,05% para 0,33% na passagem de fevereiro para março, com influência do item Cinema, teatro e concertos, que teve alta de 5,14% e impacto de 0,02 p.p. no IPCA do mês. "Na última semana de fevereiro, após o carnaval, houve uma campanha para ingressos com valores promocionais para o cinema. Isso acabou impactando no índice daquele mês, ocorrendo, agora em março, uma devolução ao patamar regular", explica o pesquisador.

 

ÍNDICES REGIONAIS — O IPCA também divulgou a inflação regional de março. Somente a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços. A queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da gasolina (-2,41%) influenciaram o índice na capital gaúcha. Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), impactada pela alta do tomate (23,51%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 1º a 28 de março de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (base).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte — e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

 

Categoria

Finanças, Impostos e Gestão Pública

 

Por Jardel Gama

 

Com informações da Agência Brasil e Gov.br