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Madrugada Viva Liberdade

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ABRIL AZUL E CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

O Abril Azul conta com mobilização nesta semana na Grande Belo Horizonte, pela inclusão e respeito às pessoas com autismo. Hoje em Contagem, o tema "Que a inclusão vire rotina em todo lugar" marca este Dia Mundial de Conscientização do Autismo, com iluminação azul na Praça Central e apresentação cultural. No próximo domingo, a Carreata Azul da conscientização vai sair da praça da Jabuticaba e seguir pela João César de Oliveira, com destino ao parque Ecológico Eldorado, onde haverá serviços de assistência social e brincadeiras para crianças.  No Brasil, entidades de futebol lembram a data, com conscientização da inclusão das pessoas com autismo no esporte. Confira mais detalhes, abaixo.

 

Confira a programação da conscientização em Contagem

No dia 7 de abril, às 8h30, a Carreata Azul da conscientização sairá da praça da Jabuticaba e seguirá pela João César de Oliveira, com destino ao parque Ecológico Eldorado (na rua das Paineiras, 753 - Eldorado), onde ocorrerá uma programação variada, aberta à população. Estão previstas atividades com musicoterapeutas, tendas de serviços do Cras, OAB, Amais+, Espaço Dudu Fashion, além de brincadeiras e lazer para crianças.

 

Programação:

   -  2/4/2024: iluminação em azul da sede da Prefeitura de Contagem

 

Horário: a partir das 19h

 

Local: praça Presidente Tancredo Neves, 200 -  Camilo Alves - Contagem

 

    - 7/4/2024: Carreata Azul da Conscientização e lazer no parque Ecológico do Eldorado

 

Horário da concentração: às 8h30

Local de partida: praça da Jabuticaba (av. Prefeito Gil Diniz, no Nossa Senhora do Carmo)

 

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2008, para levar informação sobre TEA, conscientizar a população e diminuir o preconceito que as pessoas com TEA sofrem. É comemorado mundialmente, no dia 2 de abril.

 

Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado nesta terça (2)

O autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado nesta terça-feira (2). A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas. “O autismo hoje é compreendido como espectro de manifestação fenotípica bastante heterogênea, ou seja, existem várias manifestações diferentes do autismo. E essas manifestações ocorrem também com sinais mais ou menos evidentes em algumas pessoas”, afirma o neuropsicólogo Mayck Hartwig.

O TEA pode se manifestar em três níveis, que são definidos pelo grau de suporte que a pessoa necessita: nível 1 (suporte leve), nível 2 (suporte moderado) e nível 3 (suporte elevado). Coautora do livro Mentes Únicas e especialista em Distúrbios do Desenvolvimento, Luciana Brites afirma que o 2 de abril é importante para informar a população sobre o autismo. “É um transtorno que tem impacto muito grande porque afeta principalmente a cognição social, os pilares da linguagem. Esse espectro tem diversas nuances que compõem o quadro. E é um quadro heterogêneo. De um lado você tem autistas com altas habilidades e outros com deficiência intelectual. Alguns com hiperatividade e outros mais calmos”, afirma Luciana.

Segundo ela, é importante ter um diagnóstico precoce, já que os primeiros sinais do TEA podem aparecer no segundo ano de vida.“Quando conseguimos fazer a detecção antes dos três anos, a gente consegue, muitas vezes, mudar a realidade dessa criança, desse adolescente, desse adulto. As políticas públicas de educação e saúde precisam ser muito bem sustentadas para que se possa consiga avançar no desenvolvimento dessas crianças, que vão virar adolescentes e adultos”.

No Brasil, existe uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como Lei Berenice Piana, criada em 2012, que garante aos autistas o diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além do acesso à educação, proteção social e trabalho.

Além disso, a política nacional considera o autista pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. Em 2020, outra legislação, a Lei Romeo Mion, cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), que pode ser emitida gratuitamente por estados e municípios. A Ciptea é uma resposta à impossibilidade de identificar o autismo visualmente, facilitando a ele o acesso a atendimentos prioritários e a serviços a que tem direito, como estacionar em uma vaga para pessoas com deficiência.

A pessoa com TEA tem direito a receber um salário mínimo (R$ 1.412) por mês, por meio do Benefício de Prestação Continuada (BPC), caso seja incapaz de se manter sozinha e a renda per capita da família for inferior a um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 353.

 

Por Jardel Gama

Com informações do Portal Contagem.com.br e da Agência Brasil