Olá Visitante! Acesse sua conta ou Cadastre-se

Brasil Caboclo

04:01 às 07:00

NOVIDADE CONTRA O HPV

O Ministério da Saúde incorporou ao SUS, Sistema Único de Saúde, um teste para detecção de HPV em mulheres. Com portaria já publicada no final de semana, no Diário Oficial da União, nova tecnologia utiliza testagem molecular para detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero. Segundo a Pasta, a novidade contou com um projeto piloto que utilizou o teste ao longo de 2023, em Pernambuco.

 

Saiba mais sobre o teste e como se prevenir do HPV

Segundo o Ministério da Saúde, enquanto a forma atual de rastreio do HPV, por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, deve ser realizada a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem proposta pela tecnologia incorporada é recomendada para ser feita a cada cinco anos. “Essa mudança traz melhor adesão e facilita o acesso ao exame”.

 

Entenda

O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres - sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

“Embora sejam ofertadas alternativas para prevenção - tanto por meio da vacinação contra o HPV, do uso de preservativos nas relações sexuais e da realização do rastreio para diagnóstico precoce - a doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. Na região Norte do país, por exemplo, essa é a principal causa de óbito entre as mulheres”, destaca a pasta.

 

Testagem

Recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a testagem de HPV é considerada padrão ouro para a detecção de casos de câncer de colo de útero e integra as estratégias propostas pela entidade para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.

A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS. Em nota, o ministério informou, em Brasília, ter investido R$ 18 milhões no projeto até a liberação para o SUS.

 

Por Jardel Gama