Professores concursados de escolas municipais de Belo Horizonte estão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia nesta quinta-feira (15/02). Os servidores, que haviam decretado estado de greve no dia 6 de fevereiro afirmam que as negociações com a prefeitura não avançaram.
Os trabalhadores pedem recomposição salarial acima dos 8,04% apresentados pela Prefeitura e se queixam quanto à contagem do tempo para progressão por mérito, reduzida de três para dois anos apenas aos servidores que já estão acima do nível 20 da carreira. O próximo encontro para definir os rumos do movimento está marcado para terça-feira (20 de fevereiro), às 8:30h. Apesar da paralisação, as atividades em sala de aula não devem ser interrompidas.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que “respeita o direito à livre manifestação”. Contudo, reforça que o reajuste de 8,04% aprovado já recompõe mais de 100% da inflação estimada de 2017 a 2023 além de estar no limite orçamentário. Confira a nota abaixo, na íntegra:
“A Prefeitura de Belo Horizonte respeita o direito à livre manifestação e espera que a categoria se una às demais carreiras municipais, que já aprovaram o reajuste de 8,04%. O índice recompõe mais de 100% da inflação estimada entre janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2023 e representa o limite orçamentário para despesas dessa natureza e qualquer outra proposta extrapola as finanças municipais.
De 2017 até aqui, a administração municipal concedeu benefícios históricos à Educação, para além dos reajustes gerais propostos. Ganhos que impactaram positivamente na remuneração dos professores, que hoje recebem um salário inicial 25,31% acima do piso nacional para uma jornada semanal de 22 horas e 30 minutos.
É importante destacar que o Município sempre esteve aberto ao diálogo e realizou, de 2023 até agora, 25 reuniões somente com o sindicato que representa a Educação. Durante as negociações, a categoria recusou todas as propostas apresentadas.
A Prefeitura reconhece a importância dos profissionais da Educação e a necessidade constante de valorização. Contudo, todas as concessões devem ocorrer de maneira responsável, equilibrando as necessidades de diferentes setores para garantir a sustentabilidade financeira.”
