O Ministério da Educação descartou nessa segunda-feira a hipótese de cancelar o Enem, após o vazamento de imagens da prova nas redes sociais. A Pasta classificou o caso como "ocorrências pontuais" e revelou que todas as ocorrências estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Segundo o MEC, todos aos candidatos que se sentiram prejudicados por qualquer questão de saúde ou questões climáticas terão direito a fazer a prova nos dias 12 e 13 de dezembro.

Confere os detalhes da investigação

Ainda de acordo com o Ministério da Educação, 4.000 pessoas foram desclassificadas e outras 15, presas nesse domingo, primeiro dia do teste. A Pasta  não revelou o  motivo das detenções, mas acrescentou que em relação à divulgação das imagens do exame, duas diligências foram feitas pela PF, uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal.

“O balanço geral foi positivo e todas as questões estão sendo investigadas pela Polícia Federal, que apresentará os resultados para o MEC (Ministério da Educação) e para a Comissão Organizadora. (...) Portanto, a Polícia Federal continua atuando e fazendo as investigações necessárias para identificar qualquer tipo de ilícito", completou o MEC.

Vazamentos

Na página que vazou, é possível ler os quatro textos motivacionais usados como base para a dissertação dos candidatos. A redação do Enem 2023 é sobre "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". As imagens surgiram após as 13h, quando os portões foram fechados, segundo a assessoria do Inep.

Investigadores identificaram que a foto que mostra a página do Enem 2023 com o tema e as instruções para a realização da redação deste ano começou a ser compartilhada nas redes sociais por volta de, pelo menos, 14h30, horário em que os alunos ainda estavam impedidos de deixar a sala com a prova — isso só é permitido às 18h30.

Por Jardel Gama

Com informações do Portal O Tempo