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Sintonia Liberdade

17:01 às 19:00

PEQUENA ALTA NO PREÇO DA CARNE

A queda do preço da carne que vinha acontecendo desde o começo deste ano, em Belo Horizonte, foi interrompida em setembro. Levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro revelou que, a maioria os preços nos 39 estabelecimentos analisados ficaram estáveis ou teve pequeno aumento.

Entre as leves altas estão picanha, com elevação de 2,8%. Mesmo com a elevação, a opção está 12,1% mais barata do que no início de 2023. Já entre os cortes suínos, o aumento mais significativo foi a do pé de porco, de 2,2%. Na categoria do frango, o pezinho também teve a maior alta, de 5,6%, seguida do pleito resfriado, que ficou 3,1% mais caro. De acordo com o Mercado Mineiro, os ovos tendem a ficar mais baratos nesta temporada de calor. Na pesquisa de setembro, o quilo da maminha baixou 1%.

 

Detalhes da pesquisa

A picanha, cujo valor vinha decaindo, ficou 2,8% mais cara entre agosto e setembro: a média passou de R$ 61,46 para R$ 63,17. Ainda assim, a opção está 12,1% mais barata do que no início de 2023, quando custava R$ 71,89. Outros cortes bovinos ficaram praticamente estáveis no último mês, e o quilo da maminha baixou. O corte teve uma queda de 1%, que se traduz em alguns centavos, de R$ 41,94 para R$ 41,48.

A maioria dos cortes suínos também ficou mais cara. A alta mais significativa foi a do pé de porco, de 2,2%: de R$ 10,56 para R$ 10,80. Na categoria do frango, o pé também teve a alta mais elevada, de 5,6%, e foi de R$ 6,91 para R$ 7,30. O peito resfriado ficou 3,1% mais caro, e subiu de R$ 12,36 para R$ 12,75. Os ovos, por outro lado, tendem a ficar mais baratos nesta temporada de calor.

 

Preço da picanha varia 143,2% nos açougues

Uma pesquisa nos diferentes açougues de Belo Horizonte pode poupar dezenas de reais. Uma das maiores variações de preço registrada pelo Mercado Mineiro foi a da picanha, que pode ser encontrada de R$ 36,99 até R$ 89,98, diferença de 143,2%. A diferença mais significativa é a do pé de porco, de 256,7%: que é encontrada de R$ 4,99 até R$ 17,80.

Confira a lista de endereços e todos os preços pesquisados, clicando aqui no site do Mercado Mineiro.

 

Onda de calor impacta preço e produção de ovos

As altas temperaturas registradas no Brasil nos últimos dias impactam diversos setores da economia e do ramo de negócios. Em Belo Horizonte, por exemplo, os termômetros marcaram 38,6°C na última segunda-feira (25/09), assinalando assim o dia mais quente em 62 anos. Esses reflexos da onda de calor podem ser percebidos na produção e venda de ovos. Isso porque quanto mais elevadas as temperaturas, menor pode ser a vida útil e a qualidade do produto.

Segundo a analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Mariana Simões, o cenário de maior oferta de ovos já vinha sendo identificado no Brasil há alguns meses, o que consequentemente influencia no preço do produto. “Em março, tivemos um pico de consumo. Em seguida, houve a redução dos custos de produção, com a queda do preço do milho e da soja - insumos usados para a ração da galinha. Isso incentivou os produtores.”

Outro fator destacado pela analista é que o aumento das temperaturas provoca o chamado estresse térmico nas galinhas poedeiras. Essa condição faz com que os animais produzam ovos em menor quantidade e qualidade, uma vez que eles ficam mais frágeis e com as cascas mais finas. “Quando isso ocorre, os produtores não podem armazenar os ovos por um período muito longo. Então, eles são forçados a vendê- los de forma mais barata para o atacado e varejo, o que automaticamente pressiona o preço no mercado.”

Conforme a analista, os produtores que mais sofrem com esse fenômeno são os que não têm galpão refrigerado. “A galinha é muito sensível às variações climáticas, por isso é importante que os locais de produção tenham instalações com mais conforto térmico. Então, a gente sempre recomenda que os agricultores procurem a assistência técnica para adequar os galpões,” explica Mariana.

A expectativa para os próximos meses é que a oferta de ovos continue em alta, de acordo com Simões. Segundo a especialista da Faemg, o perfil de produção segue um comportamento sazonal, que não muda facilmente. Com a maior disponibilidade no mercado, espera-se então que o preço do produto continue - no mínimo - estável.

 

 

Por Jardel Gama

Com informações do Portal O Tempo