Professores da rede particular de Belo Horizonte e de algumas cidades da região metropolitana vão permanecer em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia da categoria nesta segunda-feira (11).  

De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), mais de mil professores, de mais de 40 instituições de ensino, paralisaram as atividades e participaram da assembleia na última semana. Ainda conforme o sindicato, mesmo que alguns colégios permaneçam abertos, com falta de professores, ao menos 20 mil alunos estão afetados.

Os educadores, que iniciaram a paralisação na última terça-feira (5), reivindicam propostas dos donos das escolas relacionadas aos direitos da categoria.   

Os empregadores apresentaram proposta de redução de adicional por tempo de serviço; alteração da isonomia salarial (salário iguais para profissionais que exerçam a mesma função) e implantação de férias exclusivamente entre os dias 26 de dezembro e 24 de janeiro (com recesso entre 25 e 31 de janeiro, o que, conforme o Sinpro-MG, possibilitaria a convocação dos professores neste período).   

Negociações

Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG), que representa as instituições de ensino da rede privada do Estado, afirmou que "em momento algum, durante o processo negocial com o Sindicato dos Professores, houve proposta para retirada de direitos".

Segundo o sindicato, na proposta negociada até então, "estão sendo mantidas as cláusulas de bolsas de estudos, isonomia salarial, férias de 30 dias mais os recessos escolares, adicionais por tempo de serviço, adicional extraclasse, entre outros".