No Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, comemorado nesta terça-feira (6), a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), divulgou balanço de atendimentos de vítimas de queimaduras graves no Hospital João XXIII. Nos cinco primeiros meses deste ano, 724 pessoas foram atendidas. Uma média de quase cinco atendimentos por dia e 144 por mês.
Segundo a Fhemig, nos últimos sete anos, mais de 14 mil pessoas foram atendidas no pronto-socorro com ferimentos causados por queimaduras. Uma média de cinco atendimentos por dia, 158 por mês e 1,9 mil por ano.
Entre as principais causas para acidentes está a queimadura elétrica. Somente no ano passado, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) Ivo Pitanguy recebeu 412 pacientes, dos quais 30 em razão de queimaduras elétricas.
No ambiente domiciliar, os agentes térmicos são os principais causadores de acidentes. No João XXIII, entre 2016 e 2022, foram atendidos mais de 11 mil casos de queimaduras térmicas - entre ocorrências envolvendo líquido livre, fogo e contato com objeto quente, numa média de mais de 1,6 mil casos anuais.
Ainda segundo os registros do Pronto-Socorro, as queimaduras por contato com objeto quente são prevalentes em meninos na faixa etária dos 0 a 5 anos de idade, enquanto as relacionadas ao fogo ocorrem com mais frequência em homens na faixa etária de 41 a 50 anos. Já os registros por líquido livre são mais comuns em mulheres com idades entre 20 e 30 anos.
Dia Nacional
Em todo o país, segundo dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, no período de 2015 a 2020, foram registradas 19.772 mortes por queimaduras. Dessas, 10,5 mil (53,3%) ocorreram devido a queimaduras térmicas; 9 mil (46,1%) a queimaduras elétricas; e 110 (0,6%) a outros tipos de queimaduras, como agentes químicos, geladura e radiação. Dos óbitos por queimaduras elétricas descritos no documento, mais de 70% ocorreram no local do acidente.
Com o slogan “Não se choque, eletricidade queima”, a campanha “Junho Laranja” deste ano, promovida pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), busca conscientizar as pessoas para os riscos representados pela eletricidade, a fim de evitar que se envolvam em acidentes desse tipo, sem esquecer, porém, das demais causas, como as térmicas.