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MARÍLIA MENDONÇA: SEM FALHA HUMANA

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), apresentou nesta segunda-feira (15) o laudo técnico do acidente que causou a morte de Marília Mendonça. No documento, o Cenipa descarta falha humana ou da aeronave no incidente. A informação foi confirmada por Robson Cunha, advogado da família, em entrevista coletiva. De acordo com o representante, um cabo de energia é considerado o principal motivo da queda da aeronave, ainda que esteja fora do perímetro de segurança do aeroporto, para evitar novos acidentes.

 

Cabos

O documento apresentado nesta segunda, em Brasília, mostra que a investigação apontou que os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram um obstáculo e que a altura do voo estava 'dentro dos padrões'.

 

Piloto agiu corretamente

Ainda conforme o órgão, as decisões de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, piloto de 56 aos que também morreu no acidente, na mudança de rota, não apresentaram erro.

Marília morreu no dia 5 de novembro do ano passado após queda de um avião de pequeno porte em uma cachoeira na Serra de Piedade de Caratinga, na região do Vale do Rio Doce. A aeronave levava a cantora, seu assessor, o tio que a acompanhava nos shows, além de piloto e co-piloto. Não houve sobreviventes.

A aeronave da cantora bateu em uma linha de distribuição de energia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) antes de cair. Segundo Robson Cunha, a partir do relatório do Cenipa, o indicado é que sejam colocados identificadores nas linhas de transmissão que passam próximo da pista em Piedade de Caratinga, onde ocorreu o acidente.

 

Objetivo da investigação

As investigações do Cenipa não buscam apontar causas, culpados ou responsáveis pelos acidentes aéreos. O objetivo é evitar que acidentes se repitam.

 

Posição da família

"A intenção da dona Ruth e dos familiares não é apontar culpados. A gente não está aqui na caça às bruxas. A posição dela sempre foi clara, nada disso daqui vai trazer a filha dela de volta. O objetivo de todos, na verdade, é que situações que aconteceram com a filha dela sejam evitadas, para que nenhuma família mais passe pela dor e pela perda que eles passaram", diz o advogado.

Além de Marília Mendonça, morreram Geraldo Medeiros (piloto), Tarciso Viana (copiloto), Henrique Ribeiro (produtor) e Abicieli Silveira Dias Filho (tio e assessor da artista). A cantora partiu aos 26 anos, no auge da carreira, deixando o pequeno filho Leo.