Famílias que optam por peixes no almoço desta sexta-feira da Paixão devem ficar atentos aos cuidados na hora de comprar o pescado. Essas proteínas são consideradas mais saudáveis que a carne vermelha, mas exigem atenção ao balcão de vendas, para evitar o risco de intoxicação alimentar. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerai (Emater-MG), no caso dos peixes frescos, os olhos devem estar brilhantes e salientes, o corpo limpo e com brilho metálico característico. As escamas, nadadeiras e caudas precisam fica bem aderidas ao corpo do peixe, além de brânquias ou guelras úmidas, com coloração avermelhada, mas sem sangramentos.
Apresentação no balcão:
O pescado deve ser apresentado nos estabelecimentos sobre uma camada uniforme de gelo, além de ser embalado em saco plástico bem fechado e, em casa, guardado no refrigerador.
Tempo para consumo
A recomendação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais é que as famílias consumam os peixes em até dois dias, após a compra. Confira mais detalhe de com levar o melhor pescado fresco pra casa, no site da Liberdade. Acesse lá agora, radioliberdade.com.br.
Segundo a nutricionista Samira Tanure, do Plantão Técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG, para quem optar por peixes vendidos congelados, o consumidor deve observar se a embalagem tem o selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.) ou estadual (IMA, ou Instituto Mineiro de Agropecuária). Em Minas, municípios com cultivo de peixes em cativeiro, podem realizar a venda com inspeção municipal.
A nutricionista da Emater-MG sugere ainda verificar a temperatura do local onde estão armazenados os peixes, para conferir se está de acordo com a indicada na embalagem. E sem esquecer de conferir se o produto está dentro do prazo de validade. “É importante também que o congelamento esteja uniforme. Se tiver pedras de gelo separadas, ou líquido aparente, é sinal de que o produto sofreu descongelamento, o que prejudica a qualidade”, alerta Samira Tanure. Para manter a qualidade do peixe e impedir contaminações, ela destaca que o descongelamento deve ser feito de um dia para o outro, nas prateleiras inferiores da geladeira. “Não é recomendável deixar o produto por muito tempo em temperatura ambiente, e nem mantê-lo imerso em água”, afirma.
E, no caso do bacalhau, muito apreciado nesta época do ano, o consumidor também deve ficar atento para fazer uma boa compra: “Prefira o bacalhau refrigerado a 4ºC. Nessas condições, o produto estará em melhores condições de higiene e conservação. Para verificar se o bacalhau foi seco corretamente, quando ompra-lo inteiro, levante-o na horizontal por uma ponta. Se ficar rígido, quase reto, está correto; se envergar muito, é porque a umidade está alta, o que pode abrir caminho para a contaminação por microorganismos”, explica a nutricionista da Emater-MG. Samira explica que manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, como uma fina camada de pó sobre a superfície, indicam problemas na conservação do bacalhau.
Potencial de produção
De acordo com a Emater-MG, o Estado de Minas tem grande potencial para a produção de pescados, devido à sua riqueza hídrica, com mais de 5 mil quilômetros quadrados de espelhos de água (rios e lagos), além da proximidade com os principais mercados consumidores. A produção estimada de tilápia, em 2021, foi de 31,27 mil toneladas, sendo que 56% foram oriundas da agricultura familiar. A produção de trutas foi de 928 toneladas, sendo 39,3% da agricultura familiar.