Greve dos metroviários da Grande Belo Horizonte completou um mês nesta semana em meio a impasse sobre continuidade do processo de privatização. Por causa da falta de um acordo em reunião nesta quinta-feira (16), o Ministério Público do Trabalho determinou prazo de 8 dias para governo federal se manifestar sobre adiamento da concessão do metrô da Capital.
O MPT já havia recomendado o adiamento da assinatura do contrato. O órgão pede ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o adiamento, até que as negociações trabalhistas com os metroviários se encerrem. A resposta depende do governo federal, que ainda não se manifestou sobre o assunto.
Nova reunião
Nesta quinta-feira (16), os procuradores se reuniram em Brasília com metroviários e representantes dos ministérios das Cidades e Casa Civil, mas nenhuma proposta foi apresentada pelo governo federal. Os trabalhadores pedem uma solução para os 1.600 funcionários públicos que podem perder seus postos com a privatização do metrô de Belo Horizonte. Uma nova reunião foi marcada para a sexta-feira da semana que vem, dia 24 de março, 40 dias após início da greve dos metroviários.
Ampliação com novas linhas
Em dezembro do ano passado, o Grupo Comporte venceu o leilão ao apresentar uma proposta de R$ 25 milhões. Após a assinatura do contrato, que pode ocorrer ainda neste mês, mas sem data definida, a empresa passa a fazer os primeiros investimentos em melhorias da linha 1. Conforme o contrato, também está prevista a construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte.