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Na íntegra, as respostas Cruzeiro à reportagem da Liberdade FM

Henrique Muzzi

A pedido do Cruzeiro Esporte Clube, por meio da assessoria de comunicação, seguem as respostas, na íntegra, em relação às denúncias apresentadas pela reportagem da Rádio Liberdade FM. 

 

01) Qual atributo técnico foi levado em consideração, uma vez que Deivid nunca ocupou o cargo de diretor técnico, acumulando diversos fracassos na carreira pós-futebolística?
Deivid possui cursos de formação na CBF e na Business School São Paulo (BSP), e se preparou para ocupar cargos de gestão no futebol. Além de ter a experiência por ter sido um jogador vitorioso no Brasil e no exterior, em sua curta carreira como técnico fez um trabalho no próprio Cruzeiro no qual obteve mais de 70% de aproveitamento. Também trabalhou na captação e formação de jovens atletas nas categorias sub-11 a sub-17 no Jabaquara, uma tradicional equipe formadora na cidade de Santos. Ele também é um profissional bastante respeitado no meio futebolístico, sendo bem referendado por figuras como Edu Dracena, Alex, Diego Lugano e Roberto Carlos, que atestam sua idoneidade e capacidade. Dentre outros atletas, com quem mantém constante contato institucional.

02) Qual a real função de Deivid no Cruzeiro? 
Como já divulgado, Deivid é Diretor de Futebol.

03) Porque o Cruzeiro tinha 3 diretores técnicos?
A informação não procede. O Cruzeiro tinha um diretor de futebol (Ricardo Drubscky) e um diretor técnico (cargo antes ocupado pelo próprio Deivid). Ambos faziam parte de uma equipe que trabalhava e continua trabalhando em conjunto no dia a dia do futebol do Clube. Com a saída de Ricardo, hoje o Cruzeiro só tem um Diretor de Futebol, que é Deivid.

04) Porque um ex-funcionário da David Sports gere a base do clube?
Gustavo Ferreira não gere a base do Cruzeiro por ter sido um “ex-funcionário” da Deivid Sports. É apenas uma coincidência. Gustavo já trabalhava no Jabaquara e sua família é conhecida no futebol do interior de São Paulo, especialmente seu pai, Ferreirão, técnico com passagens marcantes por diversas equipes. 
Gustavo foi jogador de futebol e também tem formação na área, tendo inclusive sido Supervisor Geral de captação no Ceará.
Além disso, o convite para Gustavo partiu do presidente Sérgio Santos Rodrigues. Ambos foram colegas em um curso de gestão da CBF. Inclusive, vários jornalistas, torcedores e Conselheiros já foram convidados para verem o projeto da Base. Esta reportagem também está convidada para ir até a Toca da Raposa 1 e apresentar todas as perguntas e dúvidas pertinentes ao Gustavo.

05) Há uma série de denúncias de que parceiros empresariais de Deivid são prioridades em negociações. O clube tem ciência do fato? Nas duas vendas realizadas pelo clube, houve interferência do diretor ou de pessoas do clico de amizade/empresarial do mesmo (Deivid)? 

O Cruzeiro desconhece qualquer tipo de “denúncia” sobre parceiros empresariais de Deivid e, inclusive, é parte bastante interessada para que a reportagem publique o conteúdo dessas denúncias citadas. Sobre as vendas realizadas pelo Clube, dos atletas Edu e Caio Rosa, ambas foram conduzidas pelo presidente.
Um dos papeis fundamentais de Deivid no departamento é evitar a farra que existia antes na formulação de contratos com atletas de base ganhando salários compatíveis com os de jogadores profissionais, ou com renovações automáticas desses jovens em formação que resultavam em salários absurdos, além das comissões pagas totalmente fora da realidade para intermediários. Então, uma das funções do Deivid é aplicar essa economia e responsabilidade financeira para o departamento. E isso vem acontecendo.
O Clube também entende que este é um movimento natural no futebol, os dirigentes virarem empresários e empresários se tornarem dirigentes. Exemplos não faltam e basta pesquisar mais a fundo. Inclusive, em um passado recente no próprio Cruzeiro, tivemos o Bruno Vicintin como dirigente, e hoje é empresário. Na contramão, Marcelo Djian era empresário e se tornou Diretor de Futebol. Outros exemplos mostra o Marcelo Santana, ex-presidente do Bahia, que se tornou empresário, e o Gilmar Rinaldi, ex-empresário, ocupou cargo de gestão na Seleção Brasileira. Paulo Autuori e Ricardo Drubscky, nos últimos anos, migraram de técnicos para gestores e fizeram também o caminho contrário.
E isso não desabona a conduta e capacidade de nenhum dos citados. São movimentos naturais. O importante é ter a certeza de que, no exercício da profissão, não há qualquer tipo de conflito de interesses, e o Cruzeiro tem toda certeza que Deivid não os possui.
Reiterando: o Cruzeiro aguarda a publicação ou o envio do teor dessas denúncias por parte da reportagem da Rádio Liberdade. Afinal, o Clube possui um setor de Ouvidoria e Comitê de Governança, Gestão e Compliance. Desta forma, se há denúncias concretas e embasadas, o Cruzeiro terá o maior prazer em recebê-las e analisá-las.

06) É sabido que há uma longa amizade entre o presidente, Sérgio Santos Rodrigues e David. Isso influenciou na contratação do mesmo?
Existe, sim, amizade entre Sérgio Santos Rodrigues e Deivid. Da mesma forma, o presidente é amigo de diversos outros colaboradores, inclusive de baixo escalão no Cruzeiro, pois ele possui relação próxima com o Clube há mais de 10 anos, tendo ocupado outras funções, sempre de forma não-remunerada. Mas, amizade não é o critério adotado pela gestão para a contratação de pessoas e ocupações de cargos no Clube. Estas são pautadas em critérios técnicos, a partir de análises de cenário, em todas as áreas. E pautadas também pelo caráter dos profissionais, para que o Cruzeiro não seja refém de pessoas mal-intencionadas, como aconteceu em um passado muito recente.